Delfim rebate presidente da Ferj e chama promotor do MP de despreparado

Fabiano Correia /RICTV

Dirigente defendeu a federação de Santa Catarina em audiência da Justiça Desportiva, no Rio, sobre briga na Arena Joinville

 

A FCF (Federação Catarinense de Futebol) dificilmente seria punida pela briga que ocorreu na Arena Joinville, mas o presidente Delfim de Pádua Peixoto Filho esteve na sede do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, no Rio de Janeiro, para criticar o tratamento que deram ao caso, em especial o tratamento à Santa Catarina. Delfim não perdeu a chance de exaltar o fato de o Estado ter três representantes na Série A do ano que vem. Essa postura, segundo o mandatário, foi em resposta à conduta do presidente da Federação do Rio de Janeiro (Ferj), Rubens Lopes, que disse que Santa Catarina não deveria ter futebol profissional.

 

Além de comprovar o bom momento com números, Delfim falou que a Federação é rígida na aprovação dos laudos de segurança dos estádios. O presidente creditou a confusão ao promotor do Ministério Público de Joinville, Francisco de Paula Neto, que foi chamado de despreparado. “Temos ajustes de conduta com autoridades. Lá o negócio funciona, o campeonato é organizado. O problema que enfrentamos foi a imaginação de um promotor substituto, que entrou com uma ação pública porque tem a ideia de que a PM não tem de fazer policiamento interno. A ação não foi nem distribuída a juiz nenhum de Joinville e o comandante da PM da cidade achou que tinha de se submeter a esse promotor despreparado”, declarou.

 

O presidente também falou que o objeto usado pelo torcedor Leone Mendes, preso pelas agressões no último fim de semana, era o pé de uma mesa, em vez de barra de ferro, como foi divulgado. Delfim lembrou que três torcidas organizadas foram suspensas (Mancha Azul, Gaviões Alvinegros e União Tricolor) e revelou que terá duas reuniões na próxima semana para discutir a segurança nos estádios em Santa Catarina. “A Justiça Presente é a maneira mais rápida de punir esses infratores. Não tem discussão. A Polícia Militar é que tem que fazer a segurança dos jogos”, falou.

 

Copa do Mundo será divisora de águas

Para o presidente do Figueirense e da SC Clubes (Associação de Clubes de Futebol Profissional de Santa Catarina), Wilfredo Brillinger, a Arena Joinville não tinha que pagar pela violência dos torcedores de Atlético-PR e Vasco. O jogo poderia ter sido realizado em outro Estado ou até mesmo no Orlando Scarpelli que a violência seria repetida. “Ou tomamos uma decisão drástica agora ou esse negócio não acaba. Não adianta interditar o estádio. Infelizmente, às vezes têm que acontecer essas coisas de repercussão nacional para haver uma consciência. Enquanto a nossa torcida não entender que futebol é lazer, temos que colocar polícia armada”, comentou.

 

Os 12 estádios que estão sendo construídos para a Copa do Mundo de 2014 devem inaugurar uma “nova forma de torcer” para os brasileiros, levando em conta que as arenas não têm espaço para alambrado nem geral, modelo adotado na maioria dos campos europeus. E é nessa reeducação do torcedor que Brillinger aposta para que a violência tenha um fim no país. “O cara que infringir a lei tem que ser preso. Será um divisor de águas (a Copa do Mundo). Quero ver alguém jogar alguma coisa no campo e depois colocar os pés no estádio. Esses torcedores têm de ser banidos, da mesma forma que acontece na Europa”, explicou.

 

O presidente do Avaí, Nilton Macedo Machado, não quis se manifestar sobre o assunto.

 

Autor: Daniel Silva/ND online

Foto:  Fabiano Correia /RICTV

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